Histórico

Direcional foi fundada em 19 fevereiro de 1981, por Ricardo Valadares Gontijo, que na época já era reconhecido no mercado de construção civil nacional em razão do grande volume de empreendimentos populares que construiu como diretor de obras da construtora Andrade Valladares.

A Companhia iniciou suas atividades na cidade de Belo Horizonte, incorporando e construindo pequenos empreendimentos populares, bem como realizando obras para órgãos do setor público. A partir de meados dos anos 80, a Direcional deu início ao processo de consolidação de sua marca no Estado de Minas Gerais. Já com presença reconhecida na capital deste Estado, a Companhia participou e ganhou importantes concorrências públicas para o desenvolvimento de obras de infraestrutura em diversos municípios do Estado, principalmente no setor de saneamento básico e obras na área de saúde. Além disso, a Direcional realizou diversas obras por empreitada para grandes empresas privadas.

Em 1992, a Companhia iniciou seu processo de expansão para fora do Estado de Minas Gerais com o primeiro empreendimento em Brasília. Ao longo de sua história, a Direcional firmou diversas parcerias com a Caixa Econômica Federal (CEF) para o financiamento de obras destinadas às camadas economicamente menos favorecidas da população, o que lhe permitiu adquirir elevada experiência nos trâmites legais envolvidos nos programas habitacionais administrados pela CEF.

Em 2001 foi lançado o primeiro empreendimento em Campinas, interior paulista. Paralelamente, a Direcional investiu na conquista gradativa de novos mercados, tais como Rio de Janeiro, Espírito Santo e cidades satélite do Distrito Federal.

Em 2006, a Direcional iniciou sua expansão para a região norte do país, lançando em Manaus um empreendimento de 1.984 unidades habitacionais e infraestrutura completa, incluindo área de lazer, área verde, área institucional e uma área destinada ao comércio.

Em 29 de fevereiro de 2008, obteve o registro de companhia aberta na CVM. No mês seguinte, o fundo Tarpon Real Estate ingressou na Companhia mediante subscrição de ações correspondentes a 25,0% do total de ações emitidas naquela data.

Em julho de 2008, foi constituída a Direcional Vendas, subsidiária integral da Companhia, cujo objeto é a prestação de serviços na intermediação da compra, venda e locação dos seus imóveis, bem como a prestação de serviços de consultoria imobiliária.

Em julho de 2009, A Direcional foi considerada a 5ª maior construtora do Brasil em metragem lançada e a 6ª maior em termos de metragem total em construção pela publicação “O Empreiteiro”.

Em novembro de 2009, concluiu uma Oferta Pública Inicial de ações, 100% primária, o que culminou na captação de recursos da ordem de R$ 274 milhões e da listagem da companhia no Novo Mercado, o mais elevado padrão de Governança Corporativa da então BM&FBOVESPA, hoje B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Os recursos captados foram destinados exclusivamente à ampliação das atividades operacionais da Direcional.

Em fevereiro de 2011, concluiu com sucesso uma oferta primária e secundária de ações (follow-on). Foram emitidas 20,8 milhões de novas ações em oferta primária e vendidas 7,2 milhões de ações em oferta secundária, realizada pelo controlador. A captação bruta da Companhia foi de R$ 228,8 milhões. Os recursos provenientes dessa oferta foram utilizados, principalmente, para aquisição de terrenos e lançamentos voltados ao Segmento Popular e para financiar o plano de crescimento para os anos seguintes.

Ainda em 2011, a Direcional passou a adotar o modelo de repasse na planta (Modelo Associativo) para projetos enquadrados nas Faixas 2 e 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em que os contratos de compra e venda somente são assinados após a aprovação do crédito do cliente pelo banco financiador, reduzindo significativamente o risco de distrato.

Em 2012, a Direcional consolidou-se como um dos players mais relevantes do MCMV. Foram contratadas, ao todo, 24.254 unidades, sendo 23.234 unidades na Faixa 1 e 1.020 unidades nas demais faixas do programa, totalizando R$ 1,8 bilhão em VGV.

Nos anos subsequentes, a Direcional manteve seu lugar de destaque no segmento. Em 2013, contratou mais 34.554 unidades no programa, totalizando R$ 2,0 bilhões em VGV e atingindo um crescimento de 42% no número de unidade em relação a 2012. Além disso, foi considerada a 3° maior construtora do Brasil em área total construída pelo o ranking ITC 2013. Em 2014, a Companhia atingiu 10% de participação no market share na Faixa 1 do MCMV.

Desde o início do Programa MCMV, foram contratados 36 projetos no MCMV Faixa 1, que totalizam VGV de R$ 5,8 bilhões e mais de 91 mil unidades, média de 2.532 unidades por canteiro de obra. A Direcional foi a empresa que mais contratou empreendimentos nessa faixa do programa, atingindo 5% de participação no consolidado da primeira e segunda fases do programa.

Entre o final de 2014 e o início de 2015, a Direcional adotou como estratégia aumentar a representatividade dos produtos direcionados às Faixas 1.5, 2 e 3 do programa, considerando (i) a utilização do mesmo modelo construtivo industrializado e de baixo custo usado pela Companhia no MCMV Faixa 1; (ii) a possibilidade de repasse dos clientes simultaneamente às vendas (repasse na planta), reduzindo significativamente o risco de distrato e o volume de capital próprio empregado nos empreendimentos; e (iii) o funding proveniente do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que dispõe de recursos para financiar a habitação popular, onde existe uma grande demanda por unidades habitacionais.

Como resultado dessa reorientação estratégica, a Companhia apresentou resultados operacionais relevantes nos anos subsequentes, destacando-se o reforço do banco de terrenos elegíveis ao programa e os sucessivos recordes de VGV lançado e vendido relativos aos produtos voltados para as Faixas 2 e 3 do programa, com crescimento relevante nessas métricas. Ademais, considerando o cronograma de início das obras e o ciclo construtivo dos projetos, a receita proveniente desse segmento passou a ter uma representatividade cada vez mais crescente no mix. Ainda como destaque para esses anos, a Direcional foi eleita, consecutivamente, a 2ª maior construtora do país pelo Ranking ITC (Inteligência Empresarial da Construção).

Cabe enfatizar que 2018 foi um ano de extrema importância para a Companhia, sobretudo pela operação pioneira de venda de 11 SPEs do segmento MAC (Médio Padrão, Alto Padrão e Comercial) para um fundo de investimento imobiliário. Essa operação representou um dos mais importantes movimentos da Companhia no sentido de concentrar seus esforços no segmento de baixa renda, sobretudo, no âmbito do MCMV Faixas 2 e 3, sendo determinante para a consolidação do perfil gerador de caixa da Direcional e confirmando a assertividade da estratégia traçada entre 2014 e 2015.

Em 2020, o ambiente completamente desconhecido decorrente da pandemia de covid-19 obrigou pessoas, empresas e entidades governamentais a se adaptarem a uma nova realidade. Nesse contexto, a Direcional criou seu comitê de crise, com foco primordial na adoção de medidas de proteção à saúde de seus colaboradores, clientes e parceiros, bem como no apoio à gestão de outras ações críticas para a continuidade de suas operações. Nos canteiros de obras, os cuidados foram redobrados, e na sede administrativa, houve adoção do trabalho remoto para a grande maioria das áreas. Reforçar o caixa, reduzir despesas e, principalmente, acelerar a utilização da tecnologia digital para impulsionar as vendas (dadas as medidas restritivas de isolamento social impostas para tentar controlar o avanço do vírus), juntamente com uma demanda habitacional surpreendentemente aquecida, foram alguns dos fatores preponderantes que permitiram à Companhia destacar-se ao longo de mais um período de grandes atingimentos.

O ano de 2020 ficou marcado também por um importante passo rumo à expansão operacional da Companhia. Por meio da sua subsidiária, Riva Incorporadora S/A, a Direcional consolidou sua operação também no segmento médio econômico, oferecendo produtos diferenciados para uma camada da população que permaneceu desatendida durante muitos anos. O pioneirismo da Riva em atender a essa demanda reprimida contribuiu de maneira importante para o sucesso do modelo de negócios. Contar com equipes de vendas completamente apartados, e, ao mesmo tempo, aproveitar os ganhos de eficiência possíveis com a já estabelecida estrutura operacional da Direcional, permitiu ao Grupo Direcional manter a sua principal característica: a atuação com foco constante em suas operações, prezando sobretudo pela eficiência de seus processos e pela qualidade de seus produtos, alcançando mais números expressivos e recordes operacionais e financeiros.

Em março de 2021, a agência de classificação de risco Standard and Poor’s Global Ratings elevou o rating de crédito de emissor da Direcional para brAAA. A conquista do Triple A corroborou a seriedade e o empenho que sempre pautaram a atuação da Companhia e reforçou ainda mais o compromisso com a manutenção de uma gestão responsável, com reconhecido foco na eficiência operacional e visão de longo prazo.

Em dezembro do mesmo ano, a Companhia anunciou ao mercado o início das operações da Direto, uma joint venture com a XP Inc. cujo foco é operar em variadas frentes do mercado de crédito imobiliário, como: (i) intermediação de empréstimos para pessoas físicas em geral, inclusive em parceria com outras instituições financeiras, para viabilizar a aquisição de imóveis novos e usados; (ii) intermediação de empréstimos com garantia de imóveis (home equity); e (iii) intermediação na aquisição de carteiras de recebíveis decorrentes das vendas de imóveis a prazo, celebradas entre as incorporadoras ou construtoras e os adquirentes dos imóveis por elas comercializados. A parceria foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) no início de 2022.

No ano de 2022, a despeito do cenário desafiador que continuou a vigorar no país e no mundo, a Direcional mostrou grande êxito em superar marcas previamente estabelecidas, alcançando R$ 3,6 bilhões em VGV lançado e R$ 3,0 bilhões em Vendas Líquidas, recordes absolutos nessas métricas. A receita líquida alcançou R$ 2,2 bilhões, com uma margem bruta ajustada de 35,6% no ano, mantendo-se em um patamar extremamente resiliente, o que tem sido demonstrado pela Companhia ao longo dos últimos anos. O lucro líquido do ano totalizou R$ 209 milhões (ajustando por resultados não recorrentes nas rubricas de Outras Receitas e Despesas Operacionais e Resultado Financeiro, o lucro líquido ajustado foi de R$ 205 milhões no ano). Nesse contexto, o ROE anualizado ajustado atingiu 16% no último trimestre de 2022.

Vale ressaltar ainda que, desde o seu IPO, a Direcional superou a marca de R$ 1,1 bilhão em capital retornado para o acionista – considerando dividendos e recompra de ações –, ocupando, assim, posição de destaque nesses quesitos.

Com isso, tanto em momentos favoráveis, quanto em cenários incertos e voláteis, o Grupo Direcional mostrou-se resiliente e adaptável, alcançando resultados sólidos e chancelando a reconhecida capacidade da Companhia de construir eficientemente, por meio de um método vencedor e do controle rigoroso dos custos, com olhar sempre atento para o retorno gerado aos acionistas e à sociedade, e aprimorando cada vez mais sua política comercial, seu fluxo de venda e a jornada de seus clientes.